sábado, 28 de junho de 2008

Meliante, vagabunda.

Já que ela não era mais aquela, ele agora vivia a libertinagem.
As noites ébrias e fumaça. Seios fartos e perfumes fortes.
O doce cheiro de sua amada havia ido embora e lhe restou apenas isto.

Como um andarilho noturno, viajava por entre os braços delas.
Que belas, mas onde está ela ? Jamais encontraria
mãos finas como aquelas.
E negava mas não escondia
Chorava, ria.

Os íntimos amigos que não acreditavam no coração existente naquele andarilho
gargalhavam em alta
ignorando o que mais lhe fazia falta.
Pobre dele. Não tinha mais verso. Não tinha mais pauta.
O resumo, era frustrar-se em desejar algo em sua profunda falta.

Sua doce virgem do perfume de jasmim
Não era mais virgem, e de seu silêncio, fez-se a dor, assim.
De sua dor fez-se a loucura
E tornou a vagar pelas ruas

Ela, uma meliante, esqueceu-se dos versos, do amor que vivia.
Dedicava sua vida agora, à pequenas aventuras, e suas mãos agora eram frias.
E o príncipe andarilho envelhecia
Não acreditava em sonhos, apenas em pequenas alegrias.
Adoecia.

Pois, culpa de uma qualquer
Mas uma qualquer que feriu
Com tanta frieza, quanto cuspiu
no túmulo daquele a quem traiu.

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