terça-feira, 1 de junho de 2010

A Carta.


Meu amor,
resolvi te escrever outra carta, pois imagino o quão solitário está, no meio dessa guerra, sem braços reais para te confortar. Imagino que tudo o que você tem, é a sua mente e sua imaginação neste momento, e saiba que acontece o mesmo comigo. Não perca as esperanças, pois sei que irá voltar, e eu, estarei disposta a cuidar de tuas feridas tão profundas. Ontem fez frio, mas pude sentir seus braços me envolvendo mais uma vez, como você sempre fez, e então, adormeci profundamente. Tive sonhos desta vez. Foram três na mesma noite. O primeiro não me foi muito agradável. Eu sonhava que te perdia em meio à multidão, algo ou alguém tentava te arrancar de mim, e você parecia não resistir, mas não porque não queria, simplesmente por se deixar levar. Seu rosto estava apático e pálido, como a própria morte. Tentei acordar, mas então, veio o segundo sonho. Nele, você ainda estava sendo levado, mas desta vez, resistia, claramente querendo se libertar de falsos laços que te prendiam tão insistentemente. E desta vez, eu também corria até você.

Mas olhe, meu amor, então veio o terceiro sonho, o qual me fez despertar em lágrimas. Neste, não havia mais ninguém que pudesse te impedir de chegar até mim. Vocês os ignorava. Apesar das frustradas tentativas, você simplesmente deslizava sob as mãos dos terceiros, e ninguém sequer conseguia desviar seu olhar do meu. Quando me encontrou finalmente, tomou-me aos braços, acalentando meus cabelos e sussurrando: "Já era hora. Eu não suportava mais. Fique comigo agora, sim?" E nada nem ninguém ousava entrar em nosso caminho, não por não quererem mas simplesmente por não serem capazes. 

Eu espero que meu sonho te ajude e te dê forças, meu amor, pois eu te espero impacientemente, sempre acreditando, na promessa que me fez, pois você nunca deixou de cumpri-la. Nem agora. Obrigada por ainda me amar. Obrigada por jamais me negar. Nem agora.

Obrigada por tudo e volte logo.

Sua.

Um comentário:

Filipe disse...

*___*~